Pelo menos 10 sistemas fundamentais de segurança avançada de assistência à condução de veículos, alguns já em processo de regulamentação futura pelo Contran tem de estar previstos no novo decreto para introdução obrigatória nos veículos vendidos no mercado brasileiro nos próximos 5 anos. Como benefício, esta regulamentação diminuiria o número de acidentes fatais em mais de 10% evitando a morte de mais de 5.000 cidadãos brasileiros todo ano.

A evolução obtida pela legislação de eficiência energética nos últimos 5 anos trouxe avanços tecnológicos na motorização e desenvolvimento dos veículos nunca antes alcançados no Brasil. A média de consumo dos veículos leves comercializados em 2017 evoluiu mais de 15% correspondendo a uma emissão de 130g/CO2/km ou 1,73 MJ/KM, que são desde então o novo baseline para a próxima meta a ser definida pelo governo para 2022 que precisa evoluir no mínimo entre 10% e 12% para que o país se mantenha alinhado aos padrões globais. A simples troca de veículos atuais por novos até 2020 poderá trazer a média de consumo para 1,58 MJ/KM. Como benefícios, além da diminuição das emissões de gases poluentes que contribuem para a melhoria da saúde da população, mais de 15 milhões de toneladas de CO2 deixarão de ser emitidas nos próximos 5 anos contribuindo para a redução dos gases de efeito estufa. Aproximadamente R$ 45 bilhões deixarão de ser queimados nos motores e serão reinseridos para consumo geral na economia no mesmo período, dos quais R$ 16 bilhões voltarão aos cofres do governo.

Os incentivos globalmente disponibilizados à indústria automotiva para P&D são diretamente relacionados à rota tecnológica que cada país decide seguir e a alocação dos recursos disponíveis estrategicamente distribuída para as áreas de maior alavancagem sendo no momento segurança e emissões as áreas focais no mundo. O governo brasileiro precisa de maneira responsável definir metas desafiadoras para estes dois pontos e definir a rota tecnológica a ser seguida pela indústria no seu desafio de acompanhar a evolução futura dos sistemas de mobilidade e da propulsão dos veículos (Híbridos & Elétricos). Só então definir a quantidade de recursos disponíveis a serem oferecidos ao setor que no caso brasileiro, vão estar concentrados mais no desenvolvimento dos veículos. Como benefícios desta ação os consumidores terão acesso a veículos mais seguros, eficientes em energia e conectados tornando a indústria mais competitiva para acessar novos mercados.