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Publicado em 05/01/2022

PASSANDO A RÉGUA

Como a Indústria Automobilística fechou o ano de 2021

Mais um ano difícil se encerrou e profundas diferenças marcam dezembro de 2021 versus o mesmo mês de 2020. Enquanto a indústria passava por uma recuperação em 2020, após meses de lockdown e restrições de circulação durante a pandemia, o ano de 2021 teve como fatores fundamentais o desequilíbrio logístico, aumento de commodities, desvalorização do real e elevação de preços 18% acima da inflação do período. Porém, o fechamento do ano sinaliza direções que poderão se consolidar durante o início de 2022. Vejamos esses sinais um a um.

Dezembro fechou com 193.555 unidades emplacadas, 17% menor do que o volume de dezembro de 2020. Os valores anuais consolidados representam um empate técnico, com 1,95 milhão para 2020 e 1,97 milhão para 2021. Porém, a calendarização dessas vendas foi bastante diferente! Em um ano “normal”, 46% das vendas acontecem no primeiro semestre. Em 2020, os efeitos mais perversos da pandemia se apresentaram no segundo trimestre e em 2021 tivemos 51,0% no primeiro semestre, quando o apagão logístico – principalmente semicondutores – não era tão evidente.

Falando em canal de vendas, dezembro teve aumento nas vendas diretas, que alcançaram 46,5% do total, fechando o ano em 42,1% do volume total. Amplamente demonstrado pelo crescimento de emplacamentos no Paraná e em Minas Gerais, onde têm taxações menores, e devido à maior disponibilidade neste fim do ano, houve espaço para as locadoras recuperarem seus volumes e esse cenário deve se normalizar em 2022.

O mix de vendas sinaliza forte para o crescimento dos SUVs, com 36,1% em dezembro, 33,8% acumulados no ano. Para efeito de comparação, dezembro de 2020 apresentava mix de 29,0% para SUVs. Estimamos que este mix deverá se estabilizar acima de 40% com a entrada dos SUVs subcompactos no mercado.

Mesmo com limitada disponibilidade a preços acessíveis, os veículos eletrificados ultrapassaram 34 mil unidades, com ampla preferência para híbridos e híbridos plug-in, respectivamente 56% e 33% do total. Essas 34 mil unidades representaram 1,7% das vendas totais, versus a participação inferior a 1,1% em 2020. Analisando dezembro contra dezembro, as vendas triplicaram, o que faz antever forte crescimento em 2022, com o aumento da disponibilidade. Resta saber com qual regulação, pois metade desse volume foi composto de veículos importados.

Para as diversas marcas, dezembro foi uma dança das cadeiras, cada uma tentando se recuperar de seus revezes no ano e sinalizando muito apetite para 2022, com lançamentos, renovações e evoluções. Guiadas pela regulação do Rota 2030, pelo PROCONVE L7, pela regulação fiscal e pelo desejo de clientes, buscarão ocupar mais espaço em um mercado que jamais foi tão dinâmico. A única certeza é que 2022 será um ano de muito trabalho e competição entre todos os players do setor.

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