Publicado em 15/02/2021

O efetivo avanço dos automóveis em Eficiência Energética

Apesar da data de qualificação em Eficiência Energética do Rota 2030 ser só em outubro de 2022, diversas montadoras já reduziram consideravelmente o consumo energético de seus veículos nos últimos anos

Se o ano de 2020 foi marcado por profundas incertezas e crises, 2021 pode trazer um certo acalento ao cidadão brasileiro, pelo menos em termos de consumo energético dos automóveis aqui comercializados. O programa Rota 2030 impõe, sob pena de multas aos que não o atendam, que todas as montadoras que comercializam veículos no país devem atingir, em 2022, uma série de requisitos pré-definidos em 2018 – entre eles, o alcance de metas de eficiência energética.

A partir de outubro desse ano, as empresas habilitadas no programa deverão reportar o consumo de seus veículos ao governo federal e, após 12 meses, comprovar o alcance das metas ou pleitear os benefícios de 1P.P. ou 2P.P. na alíquota do IPI, se os superarem como previsto no programa.

Nesse cenário desafiador e, ao mesmo tempo, inovador e de transformação, a Bright Consulting monitora a evolução da eficiência energética dos veículos vendidos no Brasil por meio de uma plataforma inteligente cujo algoritmo replica o decreto do Programa Rota 2030 e é ancorado em ferramentas de Big Data e Inteligência Artificial.

A evolução dos veículos desde janeiro de 2018 vem se mostrado bastante satisfatória para o atendimento ao programa – hoje mais da metade dos grupos habilitados já o fazem. Apesar da grande mudança no mix de vendas, com aumento significativo da participação de SUV’s, – que passou de 20% em 2018 para 27% do mercado em 2020 – a eficiência energética já evolui em 75% do caminho a ser percorrido, mesmo com o aumento de mais de 35kg na massa dos veículos. Vale ressaltar que, diferentemente do programa Inovar-Auto, os veículos leves a diesel estão incluídos na legislação.

Para tal avanço, empresas vêm investindo em tecnologias mais avançadas e de maior custo, como injeção direta, turbo, downsizing, Stop-Start, hibridização, entre outras. Assim sendo, monitorar os movimentos do mercado se torna um artifício crucial para se obter vantagem competitiva e identificar estratégias dos demais players. A plataforma Bright fornece o acompanhamento de cada versão e modelo, seus planos para alcançar as metas e o ranking entre os competidores.

Apesar das dificuldades enfrentadas pela indústria nos últimos anos, o Rota 2030 atual e a elaboração de uma próxima fase permitem que as empresas tenham maior previsibilidade e que o mercado tenha veículos mais globalizados, mais eficientes e menos poluentes. O Brasil precisa aproveitar o avanço que já conquistou e esse novo ciclo de mudanças nos sistemas de propulsão para definir as rotas tecnológicas futuras deve explorar com a eletrificação, mas sem renunciar às vantagens dos biocombustíveis. Combinada com a nova etapa da legislação de controle de poluentes, a eletrificação com biocombustíveis garante emissões de CO2 e de poluentes no nível das legislações internacionais.

Murilo Briganti
Bright Consulting