Inspirado no artigo de Daniel Ren no site Global Auto Industry
Os veículos híbridos plugáveis (PHEV) estão conquistando os corações dos clientes chineses. Essa categoria de veículos alcançou 45% do total de eletrificados vendidos em julho, grande evolução frente aos 34% vendidos no mesmo mês do ano anterior. A partir dessa crescente demanda, os grandes fabricantes estão ajustando seus planos de desenvolvimento e produção. Os principais motivos para esse ajuste são os preços menores para veículos PHEV e a sempre existente ansiedade com autonomia dos veículos puramente elétricos.
Os clientes chineses estão mais cautelosos em seus gastos devido à anêmica recuperação nos anos pós pandemia e veem a oferta de híbridos plugáveis como agradável surpresa. A prioridade para os clientes passou a ser o pagamento das hipotecas dos imóveis e redução de dívidas, com redução dos gastos com o varejo, inclusive veículos
Entre os veículos avaliados também estão aqueles com tecnologia extended range, onde um pequeno motor a combustão gera energia elétrica para carregar as baterias quando necessário. Esses veículos chegam a ser 10% mais acessíveis que aqueles puros a eletricidade. E todos os eletrificados gozam de incentivos e subsídios governamentais como parte do plano de longo prazo de energia limpa através da substituição dos veículos puros a combustão
Os concessionários informam que muitos clientes voltaram a modelos híbridos depois de experiências ruins durante o inverno com as baterias se descarregando antes do previsto. Existem vários registros de clientes sem carga em seus veículos durante as festividades do ano novo lunar. Dizem esses clientes que a tecnologia de armazenamento das baterias e a velocidade de carregamento devem melhorar muito antes que eles voltem a um veículo puramente elétrico.
Pelo menor tamanho de suas baterias, os novos PHEV tem oferecido preços menores e autonomias melhores, provocando as grandes marcas a repensar seu portfólio como alternativa mais barata aos Tesla e BYD puros a bateria. Em alguns produtos, uma autonomia superior a 2000 km é anunciada com um consumo de 2,9 litros a cada 100 km ou 34 km/l no formato brasileiro de medição.
Alguns analistas enxergam esses acontecimentos como uma tendência passageira, uma vez que apenas os elétricos puros podem assegurar a neutralidade nas emissões de carbono e que todos os fabricantes mantêm seu foco principal nos BEV. Porém, as alternativas híbridas podem ter lugar neste tempo de transição e são poucas as marcas que não têm em desenvolvimento propostas nesse sentido. E os lançamentos se sucedem.
Equipe Bright Consulting