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A nova ordem do setor automotivo pós Covid-19

Publicado em 29/12/2020

Rumo aos 2 milhões de veículos

Razões que levaram a Bright Consulting a confiar na recuperação do mercado automobilístico brasileiro

Quantas vezes você já leu este ano que a Bright Consulting apostou em uma indústria de 2 milhões de autos e leves? Desde o fim de maio, temos projetado uma indústria dessa magnitude e estamos perto do fechamento em 1,96 milhão de unidades – se arredondar, temos 2 milhões.

Por que a nossa insistência na manutenção desse número? Porque, embora a pandemia tenha paralisado as vendas durante um período extenso, os fundamentos econômicos do mercado não foram destruídos. Não se tratou de um período de queda gradativa do mercado pela redução da atividade. Foi, na verdade, uma parada por decreto, a fim de proteger a saúde da população, algo como se dois ou três meses fossem extirpados do ano. Toda a cadeia de produção e de consumo parou ou diminuiu o seu ritmo. Em alguns setores, houve redução de empregos, mas a maior parte teve seu contrato de trabalho suspenso ou contingenciado.

Se olharmos o lado positivo – se é que isso é possível diante de toda essa tragédia –, o número de famílias com renda igual ou superior a 5 salários-mínimos se manteve, o que faz prever um retorno às compras assim que diminuírem os efeitos do isolamento. Isto não quer dizer que os negócios devem retomar seu ímpeto à revelia da pandemia, pois o efeito de exposição desordenada já se fez sentir no refluxo de contágios, mortes e custos. Porém, os clientes continuam aí e a demanda também, apenas defasando a hora da troca, inclusive porque os veículos rodaram menos nesse período.

Outro fator atenuante é que a ajuda emergencial se mostrou superior ao nível de renda regular das regiões norte e nordeste, aumentando suas participações na distribuição de veículos. Mais um ponto positivo para a indústria automobilística foi a quase paralisação de viagens turísticas, grandes alternativas à compra de um automóvel novo para a família. A região centro-oeste, suportada pela agroindústria, se sustentou nas intempéries devido à constante necessidade de alimento e às exportações em alta.

Neste fim de ano, todas as montadoras planejaram produção de forma mais conservadora, até pelo grande receio de ficar com os pátios cheios num período de recessão. Também reportam alguma falta de insumos as empresas que fizeram lançamentos de sucesso durante um ano em que a ousadia fez a diferença. O preço aumentou por causa do dólar e dos menores descontos oferecidos. Mudou o mix, com a escolha recaindo às versões e equipamentos que representassem maior valor para utilização do veículo, em detrimento para itens de aparência.

Durante os meses de pegada mais forte da pandemia, os SUV chegaram a encostar nos hatches, fruto de menor compra por parte das locadoras e manutenção das famílias de renda acima de 5 SM. Essa proporção regrediu e, hoje, os SUV encontram-se próximos à previsão de 27% feita antes da pandemia. Surpresa foi o desempenho da Fiat Strada, responsável por roubar para o segmento de comerciais leves alguns clientes que compravam sedans e SUVs.

Entre as montadoras, jamais se viu corrida tão forte para a primeira colocação no ranking, que deverá terminar na ordem Chevrolet, VW e Fiat. Porém, 2021 promete, visto o sprint final da Fiat, puxada por vendas diretas mais fortes e pelo bom desempenho da Strada. O quarto lugar está assegurado à Hyundai, que volta à posição que teve em 2016, auge da crise. Ford e Toyota disputam roda a roda a quinta colocação, com ligeira vantagem à empresa americana. A Renault cai para a sétima posição, em função da redução nas vendas às locadoras, com o objetivo de preservar mais rentabilidade em suas operações. Em patamares mais abaixo, chegam Jeep e Honda.

O que esperar de 2021? Certamente, os problemas logísticos deverão estar solucionados até o fim do primeiro trimestre. Também o câmbio deverá recuar, aliviando o custo sobre matérias primas e conteúdo importado. Como volume de vendas, esperamos 2,5 milhões de unidades, com viés para um mercado ainda melhor se os indicadores econômicos rumarem para o lado bom do gráfico. Não será uma grande surpresa se o volume de 2021 alcançar 2019.

A Bright Consulting deseja a seus clientes e a todos que nos acompanham boas festas e um ambiente de negócios mais propício em 2021.

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